terça-feira, 19 de junho de 2012

palavras demais e coisas de menos

desde cedo(desde o berço), como a palavra é muito fácil, as mães vão falando quase tudo, em vez de mostrar objetos ou no mínimo mostrar figuras; fazem sempre  - falando sempre! - em vez de fazer primeiro e ajudar depois(facilitar a imitação); como o apartamento é pequeno e como o lar é fechado, a experiência real da criança é sempre muito pouca quando confrontada com a experiência que lhe vem em substituição da real, através da fala materna. desde aí e desde então começa a verbalização avassaladora no lugar da experiência real.
além do mais, expor-se verbalmente é de longe muito menos perigoso do que assumir  - e manter - uma posição.
ao contrário do que acontece na realidade maior - do mundo - no apartamento da família moderna há mais palavras que coisas! como não há muitas coisas, as pessoas têm que começar a brincar de teatrinho para passar o tempo - e começam as jogadas da análise transacional.
hoje a tv mudou muito esse quadro. ela traz ao menos mil coisas para a criança ver, mil figuras  - bem melhor do que muitas palavras.
repetindo: vivemos fazendo interpretações sobre coisas e pessoas mas não sabemos como elas são.
                                                                                                        josé angelo gaiarsa


                                                                                          bliss this love




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