quinta-feira, 5 de julho de 2012

estamos aparentemente muito preocupados em limpar



nossos corpos e o ambiente em que vivemos de tudo que possa prejudicar a nossa saúde e energia, mas, estranhamente, não sentimos a menor necessidade de esvaziar nossas mentes de tudo o que possa azedar nossas atitudes, bloquear a nossa intuição e arruinar nossos relacionamentos.
que diferença faz se o corpo está sempre limpinho, desintoxicado e livre de germes, se nenhum ser vivo que este corpo encontra é confortado? na verdade, acreditamos que nossos corpos são mortais e nosso espírito é eterno.
nossas atenções estão voltadas para manter o exterior impecável. saímos todos os dias com roupas limpas, cabelos lavados, dentes escovados, mas com a mente cheia de ansiedades mesquinhas, ressentimentos sombrios, perspectivas deterioradas, preconceitos venenosos e uma séria interminável de auto-imagens ensebadas e puídas. sequer nos incomodamos em varrer o lixo mental que produzimos diariamente, para não falarmos no entulho que acumulamos pela vida afora.
... se observarmos de perto nossa mente por uma hora que seja, veremos que, em vez de uma caixa mágica, repleta de sonhos e maravilhas, é mais provável que ela se pareça com uma geladeira atulhada. uma rápida incursão por uma prateleira qualquer revelará coisas tão velhas enfiadas lá no fundo que nem conseguimos lembrar o dia em que as adquirimos. de tão cheios de mofo e bolor, os recipientes com restos enfiados nos cantos parecem ter vida própria.



imagens internet
texto hugh prather não leve a vida tão a sério
música james taylor - you can close your eyes

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