quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O tempo é uma invenção do homem


O tempo é uma invenção do homem para medir fenômenos da natureza. O tempo é assimétrico. Uma prova disso é que recordamos o passado, mas não o futuro.
Na moderna física quântica, a noção do tempo não existe. Os físicos sabem que a chamada flecha do tempo nos faz recordar o passado e não o futuro, mas a escalas muito pequenas, escalas quânticas, como a escala da longitude de Plank(1/10 seguido de 33 zeros, 17 vezes menor do que a magnitude de um próton), a noção do tempo não existe.
Para os mestres espirituais do Oriente, essa noção do tempo é verdadeiramente o eixo de seu ensinamento. Sempre insistiram no fato de que devemos estar presentes, e estar presentes é não estar pensando no passado nem imaginar o futuro, mas viver o presente como a única coisa que existe. A mente sempre tenta nos transportar para lembranças do passado ou projetos do futuro, como se não quisesse viver o presente que é a única realidade existente.
Passado e futuro não são mais do que uma ilusão, uma miragem de algo que não existe no presente. Robert Earl Burton, em Lembrança de si, destaca: "Tudo é ilusão, exceto o presente. Para estar presente é preciso se interessar mais pelo que nos rodeia do que pela imaginação. Quando nos atemos ao presente, a consciência é divina". Daí a insistência dos mestres espirituais em viver o presente, em observar o que nos rodeia, em ser conscientes do que acontece no nosso meio, em viver apenas a experiência cotidiana no aqui e agora, porque é um dos caminhos que potencia nossa consciência e a torna divina.
Como desta John White, a realidade não muda, mas há muitas possibilidades de se ver essa realidade. Se nossa consciência muda, a realidade que vemos já é diferente. E isso é o que os ensinamentos espirituais pretendem: que percebamos que só vemos uma parte da realidade, mas que, se evoluirmos, se nossa consciência crescer, captaremos essa realidade de uma forma distinta.
Por outro lado, quando recordamos e somos conscientes, quando vivemos com atenção e estamos no presente, libertamo-nos da "lei do acidente" mencionada por Gurdjieff, ou o que os outros chamaram de "os caprichos do destino". Nós nos libertamos desses acontecimentos porque nos damos conta do que está ocorrendo, então podemos decidir aceitar o que acontece ou tratar de transformá-lo. Ou seja, se vivemos o presente, somos conscientes do que realizamos, das decisões que tomamos, não agimos como máquinas, podemos ponderar os acontecimentos e nos libertar de muitos acidentes e decisões equivocadas.



Jorge Blaschke-Além do Osho
Imagem Internet Google
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