Osho e todos os mestres espirituais
defendem a necessidade de desenvolver a inteligência, mas também todos são
contra a intelectualidade. Evidentemente, existe uma diferença entre ser
inteligente e ser intelectual. É possível ser um grande intelectual com grandes
conhecimentos sobre diversas disciplinas, mas não ter as faculdades necessárias
para resolver um problema estrito que requeira um grande desenvolvimento de
inteligência. Em muitas ocasiões, o intelectual é um simples memorião.
Inteligência é uma faculdade que é definida
como a capacidade de adaptação a situações novas em virtude da possibilidade de
se informar sobre o meio, de aprender com ele, assim como a capacidade de
utilizar e relacionar símbolos abstratos. A inteligência é uma compreensão, um
conhecimento, um ato de entender, interpretar e resolver com eficácia um
problema complexo.
O intelectualismo é uma faculdade
discursiva que se opõe ao vitalismo, ao intuicionismo e às filosofias de ação.
O intelectual possui grande entendimento sobre o cultivo das ciências ou das
letras. No entanto, não tem a faculdade de chegar a raciocínios mais
inteligentes.
É possível citar como exemplo o intelectual
que se encontra com um pastor inculto na montanha. Pode ser que o pastor não
conheça os grandes filósofos, nem os grandes cientistas, mas é suficientemente
inteligente para resolver um problema de sobrevivência que o intelectual seria
incapaz de superar. A inteligência tem a função de fazer com que procuremos nos
sair bem das situações difíceis nas quais podemos estar. Portanto, é uma
capacidade inata.
Para muitos mestres espirituais, um
cientista não deve ser um intelectual, e sim um ser inteligente que imagine e
resolva problemas usando seu intelecto e sua intuição. A informação por si
mesma não é nada se não sabemos utilizá-la.
Jorge Blaschke - Além do Osho
Imagem Internet www.austin-thomas.co.uk
Nenhum comentário:
Postar um comentário