sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Intelectualidade e inteligência

 
Osho e todos os mestres espirituais defendem a necessidade de desenvolver a inteligência, mas também todos são contra a intelectualidade. Evidentemente, existe uma diferença entre ser inteligente e ser intelectual. É possível ser um grande intelectual com grandes conhecimentos sobre diversas disciplinas, mas não ter as faculdades necessárias para resolver um problema estrito que requeira um grande desenvolvimento de inteligência. Em muitas ocasiões, o intelectual é um simples memorião.
Inteligência é uma faculdade que é definida como a capacidade de adaptação a situações novas em virtude da possibilidade de se informar sobre o meio, de aprender com ele, assim como a capacidade de utilizar e relacionar símbolos abstratos. A inteligência é uma compreensão, um conhecimento, um ato de entender, interpretar e resolver com eficácia um problema complexo.
O intelectualismo é uma faculdade discursiva que se opõe ao vitalismo, ao intuicionismo e às filosofias de ação. O intelectual possui grande entendimento sobre o cultivo das ciências ou das letras. No entanto, não tem a faculdade de chegar a raciocínios mais inteligentes.
É possível citar como exemplo o intelectual que se encontra com um pastor inculto na montanha. Pode ser que o pastor não conheça os grandes filósofos, nem os grandes cientistas, mas é suficientemente inteligente para resolver um problema de sobrevivência que o intelectual seria incapaz de superar. A inteligência tem a função de fazer com que procuremos nos sair bem das situações difíceis nas quais podemos estar. Portanto, é uma capacidade inata.
Para muitos mestres espirituais, um cientista não deve ser um intelectual, e sim um ser inteligente que imagine e resolva problemas usando seu intelecto e sua intuição. A informação por si mesma não é nada se não sabemos utilizá-la.
 
Jorge Blaschke - Além do Osho
Imagem Internet www.austin-thomas.co.uk

Nenhum comentário: