qi gong(lê-se: ti kun)
Curioso notar como a medicina tradicional chinesa e a medicina
ocidental são
ao mesmo tempo divergentes e semelhantes. Semelhantes porque
resguardam
um mesmo objetivo: a busca da saúde e do bem estar humano, a luta
pela
vida e pela qualidade de vida. Divergentes pelos meios distintos
que se
utilizam para buscar esse mesmo fim. Enquanto ocidente centra seus
recursos no tratamento e diagnóstico das doenças, desenvolvendo a
cada dia
novos medicamentos, técnicas cirúrgicas e novo diagnóstico, a china
milenar,
baseou sua medicina sobretudo na prevenção das enfermidades.
Com esse intuito, os antigos chineses postularam padrões para
definir a saúde
(que não se restringe meramente a ausência de doenças) e
desenvolveram
estratégias para mantê-la. Para a china antiga, a saúde era o
estado de
equilíbrio entre as diversas formas de energia da natureza, para se
ter saúde
nada poderia exceder ou faltar. Postulou então que a natureza se
fazia de suas
forças ao mesmo tempo opostas e complementares e que, no estado de
equilíbrio, nenhuma delas deveria preponderar sobre a outra. A
essas forças
chamaram yin e yang. Elas representam dois pólos antagônicos dos
fenômenos da natureza, o yin, tendo características de
introspecção,
aquiescência, inatividade, enquanto o yang seria a expansão, a
subida, o
movimento. Assim é que a noite representa o yin e o dia yang, e
assim
respectivamente, o frio e o calor, a terra e o céu. O excesso ou
falta de um
deles seria a causa para o início de todas as doenças.
Com intuito de restabelecer e manter esse equilíbrio, evitando e
revertendo
o adoecimento, desenvolveu-se a medicina chinesa. Dentre seus
muitos
recursos, figura o qi gong. Essa prática de exercícios, de tradição
milenar
na china, tem impressionado o ocidente. E se por vezes, seus
efeitos foram
tidos como mágicos, atualmente pesquisas científicas tem mostrado
que essa
prática pode fazer diminuir a frequência cardíaca e a pressão
arterial, melhorar
o suprimento de sangue dos tecidos, atenuar a dor e a depressão,
aumentar
a eficiência do sistema imune, aumentar o fluxo linfático, acelerar
a eliminação
de metabólicos tóxicos, aumentar a eficiência do metabolismo
celular e a
regenerações tecidual, coordenar a dominância dos hemisférios
cerebrais
direito/esquerdo, promover sono profundo e claridade de pensamento,
reduzir a ansiedade, potencializar a concentração mental, moderar a
função
do hipotálamo, da glândula pituitária e pineal, diminuir a dor e o
cansaço e
muito mais. São pelos efeitos tão ou mais impressionantes que
esses, que o
qi gong tem chamado a atenção de cientistas em todo o mundo, tendo
aumentado muito o número de pesquisas científicas que constatam sua
eficácia e investigam seus mecanismos de ação.
Por suas razões terapêuticas é usado na china em muitos hospitais,
em
associações com a medicina convencional. ...
Existem mais de 3000 formas de qi gong, separados em 2 grupos: o
interno
e externo. O interno é praticado pelo indivíduo para a melhora da
própria
condição de saúde. Baseia-se em 3 postulados: postura, respiração e
consciência, e num estado mais avançado: o cultivo de caráter
moral. No
qi gong externo, um médico mestre, projeta sua própria energia
sobre um
paciente melhorando as condições de saúde desse. Com relação a esse
tipo de qi gong, nos anos 80, Lu Yan Fang, cientista do laboratório
acústico
nacional em Beijing, descobriu que as mãos do mestre emitiam altos
níveis
de ondas acústicas de alta frequência. Apesar de emitirem ondas
sonoras
desse tipo, as dos "médicos mestres" eram cerca de cem
vezes mais potentes
que a média normal da população e mil vezes mais potentes que a de
doentes.
Segundo estudos conduzidos por Fong Li-Da, medico do instituto de
medicina
tradicional chinesa de Beijing, um mestre de qi gong, praticando o
qi gong
externo, seria capaz de matar ou promover o crescimento de
bactérias em
tubos de ensaio. Esses fatos explicam, em parte, o princípio pelo
qual age o
gong externo.
Dr. Carelos Moryama médico acupunturista - mestre em qi gong
Os 14 movimentos estão na página vídeos, aqui ao lado.
Namastê
Dr. Carelos Moryama médico acupunturista - mestre em qi gong
Os 14 movimentos estão na página vídeos, aqui ao lado.
Namastê
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