O que poucos sabem é que no fim do século dezenove foi apresentada a metodologia necessária para superar os limites da ciência natural e avançar em direção a uma ciência mais abrangente. Não foi por acaso que esta ciência foi batizada de sabedoria humana(Antropos Sofia), pois ela vai além do conhecimento da teoria. Ela se interessa pela sabedoria, pela prática. Interessa-se por aquilo que dá certo, por aquilo que traz bem estar e boa qualidade de vida, pelo fato de se relacionar conscientemente com o organismo vivo que é o planeta no qual vivemos. Em sua relação viva com o processo de aprendizagem e compreensão, o ser humano pode, aos poucos, deixar de ser uma célula cancerígena e tornar-se novamente uma célula saudável dentro do organismo Terra.
A Ciência Espiritual Antroposófica(CEA) deu novos impulsos para quase todos os âmbitos da vida. Aqui vou mencionar apenas três, a agricultura, a medicina e a pedagogia. De maneira resumida, dá para dizer que o impulso que foi dado é o de relacionar-se novamente com os ritmos do planeta e com sua relação viva com as forças cósmicas que o permeiam e envolvem. E desta vez não apenas instintivamente(como no passado), mas conscientemente. O convite lançado pela CEA é não acreditar, mas aplicar as suas indicações no dia a dia para verificar o que dá certo. Investigar a realidade para que ela possa ser compreendida de maneira objetiva.
Na pedagogia isto significa incluir as crianças em um estilo de vida rítmico, pois elas imitam aquilo que acontece ao seu redor. Certa vez uma mãe comentou comigo: "agora que meus filhos frequentam o jardim Waldorf(na pedagogia Waldorf a escola é considerada um organismo vivo. A comunidade de pais, professores e apoiadores trabalha de maneira associativa na auto-gestão), e a gente acompanha também em casa os ritmos sugeridos, eles não adoeceram mais." Além disso, as crianças se acalmam na convivência com adultos mais centrados e calmos. Elas aprendem a brincar de maneira livre, desenvolvendo a sua fantasia própria e com isto são preservadas de uma realidade que por toda parte induz ao vício e à dependência química.
Porém, para que este processo de cura social possa acontecer, é preciso que o adulto olhe primeiro para si mesmo. Este é o grande desafio! A auto-educação. Pois é verdade que "Quando eu mudo, o mundo muda!" Não tem como escapar desta.
Margrethe Skou Larsen - Bem Estar Qualidade de Vida
Imagem http://comunidadwaldorfsur.blogspot.com.br/
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