segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Ora, a mulher que conseguiu se entender com a raiva


volta à vida cotidiana com novos conhecimentos, com um novo sentido de poder viver sua vida com maior habilidade. No entanto, um dia no futuro, alguma coisa - um olhar, uma palavra, um tom de voz, a sensação de estar sendo tratada com condescendência, de não estar sendo apreciada ou de estar sendo manipulada contra a emergirá novamente. E então novamente a mulher se incendiará.
Própria vontade - qualquer uma dessas coisas a raiva residual de antigas feridas pode ser
comparada aos efeitos traumáticos de um ferimento por estilhaços. A pessoa pode
conseguir catar praticamente todos os pedaços de metal estilhaçado do míssil, mas os
caquinhos menores permanecem. Seria de se pensar que, se a maioria foi retirada, tudo bem.
Mas não é assim. Em certas ocasiões, esses caquinhos minúsculos se torcem e retorcem,
causando uma dor semelhante à do ferimento original(o ferver da raiva) mais
uma vez.
Não é, porém, a imensa raiva original que provoca esse jorro, mas são ínfimas partículas
dela, elementos irritantes deixados na psique que nunca são completamente eliminados.
Eles causam uma dor que é quase tão intensa quanto a do ferimento original.

Clarissa Estés

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