Ele se reduz a voltar para casa e implementar passo a passo o que sabemos. Com a frequência
necessária, pelo tempo que for possível, ou para sempre: a opção que predominar. Dá
tranquilidade saber que, quando estamos com a raiva fervendo, sabemos o que fazer com
exatidão e com a habilidade de quem conhece o ofício: aguardar, soltar as ilusões, levar a raiva
para uma escalada na montanha, conversar com ela, respeitá-la como mestra.
Essa história nos dá muitos sinais, muitos ideias a respeito de como atingir o equilíbrio: criar
paciência, ser gentil com o ser furioso e lhe dar tempo para superar sua raiva através da busca e da introspecção. Existe um velho ditado:
antes do zen, as montanhas eram montanhas, e as árvores eram árvores.
Durante o zen, as montanhas eram tronos dos espíritos, e as árvores eram as vozes da
sabedoria.
Depois do zen, as montanhas eram montanhas, e as árvores eram árvores.
Enquanto a mulher estava na montanha, aprendendo, tudo era mágico. Agora que ela
desceu da montanha, o pelo supostamente mágico foi queimado no fogo que destrói a
ilusão, e chegou a hora de "depois do zen".
A vida deve voltar ao plano prático. Mesmo assim, a mulher tem o tesouro da sua
experiência na montanha. Ela tem o conhecimento. A energia que estava enfaixada
pela raiva pode ser empregada em outras atividades.
Clarissa Estés
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