que em sua grande maioria fogem ao nosso controle. Se acreditarmos que a alegria existe apenas com momentos de sorte e deleite, nos abatemos em fazes de limitação ou dificuldades. De maneira que, por fatores externos, nossa existência estará condenada, como um pêndulo, a se mover entre a euforia e a frustração. Mesmo para aqueles indivíduos que parecem ter nascido com a sorte grande, viver da satisfação dos desejos não torna um homem feliz. A alegria obtida apenas e somente da realização das vontades gera outro tipo de sofrimento: o medo de perder a sensação obtida. Esse apego ao que nos satisfaz momentaneamente nos tira a percepção da realidade. Existem técnicas muito simples que nos colocam em contato com nossas emoções e nos ajudam a enxergar as verdadeiras belezas da vida interna, como o amor, essa fonte tão preciosa de crescimento, felicidade e poder, que tão frequentemente permitimos ser poluído pelo medo. As práticas são acessíveis a todos, o difícil é tomar conta do pensamento rotineiro, das emoções diárias. Se compreendermos e lembrarmos sempre que o medo de perder a alegria que sentimos com o amor nos tira do próprio amor, seremos mais zelosos em evitar sentimentos como o ciúme e, consequentemente, seremos mais felizes em nossas experiências amorosas.
Lama Michel Rimpoche
Lama Michel Rimpoche
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