quarta-feira, 27 de março de 2013

Nunca Aceite a Derrota


Como desenvolver essa atitude persistente e inquebrantável? Bem, nunca fale em derrota, pois falando corre-se o risco de acabar aceitando a ideia. Certa ocasião, quando eu próprio enfrentava tempos difíceis, um homem da costa oeste, que eu não conhecia, chamou-me ao telefone. Tudo quanto me disse foi apenas isto: "Não se preocupe e não desista. Cuidarei de dizer a Boa Palavra por você." Antes que me fosse possível perguntar que coisa ele entendia por Boa Palavra, o homem desligou. Continuo sem saber o que ele pretendeu dizer-me. Mas, subitamente, dei-me conta de que não andava dizendo coisas certas, usando palavras boas e esperançosas. Eu andava falando negativamente. E, assim fazendo, estava resvalando para uma atitude derrotista e, consequentemente, para a derrota. De maneira que entrei a dizer palavras boas, palavras como esperança... crença...fé...vitória. E comecei a usar esta poderosa afirmação: querer é poder. Comecei a agir, a pensar e a trabalhar nessa base. Tente fazer o mesmo, e toda a sua personalidade começará a tender para coisas boas, e a alcançá-las também.
Phyllis Simolke abordou num artigo esse conceito de boa-palavra, mostrando como é perigoso o uso de palavras negativas. E sugeriu, por exemplo, que se tome em consideração as palavras mas e já.
Mas: denota fracasso, derrota, demora. Em contra-partida, já: faz renascer esperanças. Trate de mexer-se; cuide, desde já, de perseguir implacavelmente, os seus objetivos, até que todos os seus problemas estejam resolvidos e todas as suas dificuldades superadas.
Phyllis também chamou a atenção para as palavras perder e vencer. Quando tudo na vida parece perdido de dificuldades, perdido de arrependimento, perdido de ineficiência, o aconselhável é substituir essa expressão por outra: vencer. Vença cada um dos problemas que se apresentem. Por essa forma, você deixará de estar perdidamente desesperançado e batido e se tornará produtivo e criativo, cuidando de vencer vigorosamente todo e qualquer desafio que lhe surja no caminho. Troque o mas pela já e o perder pelo vencer.
Mude sua forma de pensar e comece a encarar os problemas de forma positiva e construtiva. e lembre-se do princípio da persistência: sempre é cedo para desistir.
Na verdade, suas possibilidades de chegar até onde pretende, na vida, não raro dependem de sua forma de reagir diante dos reveses. Você desiste ou continua tentando? Apenas isso. E aquilo que você decide, decide também o seu futuro.

Norman Vincent Peale

sábado, 9 de março de 2013

Na cultura dos índios norte-americanos, a cor preta tem diversos


significados, mas não simboliza o mal, como na cultura do homem branco.
O preto pode expressar a busca de respostas, o vazio, ou o caminho para
as dimensões suprafísicas. A cor negro-azulada do corvo possui uma luminosidade que simboliza a magia da escuridão e uma mutabilidade de forma
que simboliza os nossos processos de transformação.
O corvo é o guardião da magia cerimonial, e um curador que opera à distância, 
e que está sempre presente em qualquer roda de cura. O corvo guia
a magia curativa para promover uma mudança de consciência capaz de manifestar 
uma nova realidade na qual não há mais lugar para a doença
e a ignorância. O corvo nos traz diretamente do vazio do grande mistério um 
novo estado de bem-aventurança e plenitude, proveniente do
campo da fartura.
O corvo é o mensageiro que conduz o fluxo de energia de uma cerimônia mágica, 
guiando-a até o seu objetivo final.
Se você tirou a carta do corvo, isto é sinal de que há magia no ar ao seu redor. 
Não tente, porém, decifrá-la ou interpretá-la de modo racional, 
pois você não será capaz, visto que esta é a magia do desconhecido em ação,
preparando a chegada de algum acontecimento muito especial. O maior mistério, no entanto, será a sua própria reação ante a maravilhosa sincronia proporcionada por esse momento de pura alquimia. Você será capaz de reconhecer este momento e 
aproveitar esta oportunidade para seu desenvolvimento espiritual? Será capaz de aceitar esta dádiva do grande espírito? Ou você deixará passar esta oportunidade, tentando explicar o poder do grande mistério de modo racional e intelectual?
Talvez seja tempo de chamar o corvo como um mensageiro para transportar energias
curativas, mensagens, ou, ainda, simples pensamentos. O corvo é o protetor dos
sinais de fumaça e das mensagens espirituais representadas pela fumaça.
Lembre-se de que este momento mágico surgiu do vazio da escuridão. O seu desafio,
a partir de agora, é iluminá-lo. Ao manifestar a magia luminosa deste momento você
estará honrando plenamente o mágico que existe dentro de você!


Jamie Sams e David Carson

sexta-feira, 1 de março de 2013

Fui tomado por um estranho sentimento,


minha garganta apertou, minha barriga contraiu-se, e senti medo. Era evidente:
eu não tinha a menor possibilidade de controlar o futuro.
Começou, assim, uma conversa animada sob os ossos do meu crânio.
Havia uma voz forte e grave que afirmava ter previsto tudo para que tudo
se desenrolasse perfeitamente. Outra, aguda e zombeteira,
perguntava o que poderia significar "tudo" e, "sem querer bancar o
desmancha-prazeres", queria saber se havia sido contemplada a
"hipótese da morte do amanhã". Uma terceira, suave e benevolente, fez uma
pergunta muito breve, quase inofensiva: "mas o que você quer realmente?"
Não houve resposta. A voz acrescentou: "quem é você, aqui e agora?"
Essa conversa interior abalou-me profundamente. De repente,
descobria que todas as minhas previsões, minhas hipóteses e
minhas esperanças haviam sido construções do
homem em mim que tinha medo de não controlar o futuro,
do separador que tentava desesperadamente
recuperar sua unidade. E, segundo a boa e velha lei da energia
separadora, eu esquecera completamente quem
eu era. Amordaçara o unificador em mim e jogara minha confiança
no saco de lixo de meu inconsciente.
Vivia escondido por trás da minha máscara do poder. E estava sufocando.
O observador em mim não acreditava no que estava vendo: ao longo de todos
aqueles anos, enceguecido pelo medo, eu me havia traído. Enxergar isso,
compreendê-lo, aceitá-lo. Peguei uma folha de papel, redigi uma carta de demissão
e deixei o hospital. Prometi a mim mesmo que tentaria nunca mais me trair. Havia
nascido uma segunda vez. Minhas ilusões do passado e do futuro me haviam
abandonado. Eu retornava ao presente. À realidade. Tudo era possível. Eu estava livre!

Thierry Janssen