quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Despertar a compaixão



Pode ser um grande desafio agir compassivamente quando ocorrem discussões mais exaltadas com agressão verbal. “A compaixão é uma característica da inteligência espiritual. Se uma pessoa lhe diz um monte de barbaridades, pode ser que todo aquele lixo emocional pertença a ela, e não a você”, explica Heloísa. “Por isso, é importante o autoconhecimento, para não absorver aquilo como se fosse seu. Dessa forma, você não vai sentir raiva, pois sabe que aquilo não lhe pertence. Quando sente raiva, você fica grudado ao outro. Ao perdoar, você se desgruda.”
O saber de si também é importante no processo de despertar a compaixão, pelo simples fato de que ser compassivo requer amar o outro. Mas amar o outro implica primeiro se amar. Uma das principais máximas de Jesus Cristo foi: “Ame o próximo como a ti mesmo”.
Para o padre Cireneu Kuhn, amar-se exige, entre outras variantes, dar uma trégua aos autojulgamentos e se perdoar. “Reconheça-se como um ser humano que tem limitações, perdoe-se. Deus não fica focado em nossos erros. Nós temos que ter esse olhar para com o outro, ver que ele erra assim como nós erramos, mas tem atributos como nós também temos”, aconselha ele. Heloísa concorda e acredita que esse é um gesto de compaixão para consigo mesmo. “Conforme nos conhecemos melhor, percebemos que somos a soma do bem e do mal. Eu sei que eu sou autoritária, egoísta, mas sei também que sou gentil e honro minhas amizades. Quando eu consigo me entender dessa forma, consigo ser compassiva com o outro.”
A partir daí, Geshe Lobsang diz que é importante aperfeiçoar um pensamento. “Tenha sempre em mente que todas as pessoas que você encontra, não importa seu país, cultura, religião, classe social, querem ser felizes e livres de sofrimento, da mesma forma que nós queremos.” Heloísa diz que essa compreensão revela algo mais. “As pessoas vivem com suas verdades e aprendizados, mas, no final, o que todo mundo quer é amar e ser amado, no entanto, muitas vezes, não aprendemos a fazer isso da forma correta e nos expressamos erroneamente.”
Como a família é o primeiro grupo em que aprendemos a nos relacionar, a viver com outras pessoas, é lá que a compaixão deve ser inicialmente treinada e colocada em prática. “Preste atenção em sua família e veja se alguém está sendo deixado de lado e se algo não está funcionando bem. Ouça atentamente essa pessoa, nós somos bons em falar, mas péssimos em ouvir”, adverte Karen.
De acordo com os ensinamentos do dalai-lama, uma boa forma de cultivar certos valores e rejeitar outros é avaliar os benefícios que colhemos de cada um deles. “Pense sobre a compaixão e o que ela lhe traz. Agora pense sobre o ódio e observe como ele age na sua vida, na sua saúde e na vida das pessoas à sua volta. Dessa maneira, crescemos a cada dia, mas, se não fizermos nada para reduzir nosso ódio e cultivar a compaixão, tudo ficará como está, a semente nunca irá germinar.”
Texto Keila Bis - Bons Fluídos – Julho 2013

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Verdadeira espontaneidade só surge quando o coração atinge a maturidade.


Também a arte, assim como qualquer outro ser da natureza, precisa crescer organicamente: ela jamais poderá ser criada por um ato da vontade.
Talvez um exemplo possa ilustrar esse método de ensino. Uma jovem alemã estudava pintura japonesa, no Japão, com o Mestre Morimura Gitô. Como havia feito escultura anteriormente, ela assimilou a parte técnica com facilidade. O Mestre, por sua parte, reconheceu o fato, porém não se desviou do seu Caminho. Quando ela chegava para a aula, ele ordenava seus pincéis, pulverizava a tinta na pedra de triturar, dispunha as cores e pintava-lhe um quadro, algum motivo, que ela deveria copiar até a próxima aula. Assim se passaram meses e meses, anos e anos. Depois de dois anos, finalmente, a estudante perdeu a paciência. Um dia ela surpreendeu o Mestre com um quadro de sua própria inspiração. Ele olhou o quadro durante muito tempo e, então, olhou para sua aluna durante mais tempo ainda. Sem proferir palavra, ele pegou seu pincel, mergulhou-o na tinta vermelha e traçou uma estreita linha sobre a "obra de arte". A moça ficou desapontadíssima. Como lhe havia parecido esplêndida a paisagem que havia pintado, com uma composição tão bem planejada! Meses mais tarde, o Mestre estava sentado na cada de verão de sua aluna. Enquanto ela preparava o chá, ele olhava criticamente para os desenhos dela, que estavam sobre a mesa. De repente, ele perguntou: "Qual é a origem deste?" - "Oh, não é nada, apenas um esboço, uma brincadeira" - foi a resposta. O Mestre ficou calado durante muito tempo. E, então, disse: "É este, este é o Caminho." Não é uma composição consciente que faz um quadro: longe disso. A pintura tem de vir de dentro, do coração. Ela surgirá tão logo o aluno atinja a maturidade; forma-se espontaneamente, sem intervenção.

Horst Hammitzch - O Zen na Arte da Cerimônia do Chá

sábado, 26 de outubro de 2013

O Templo de Kwan Yin



No centro Kuan Yin vai recebê-lo e cobri-lo com seu Manto Sagrado, sinta esta Amorosa Presença, permita que Mãe Kuan Yin toque seu coração depositando a flor da Compaixão no centro do seu peito, deixe-se tocar. Sinta a energia de Mãe Kuan Yin fundindo-se a você, despertando as virtudes Divinas em você, receba este presente, esta imantação, a Amorosa Luz de Mãe Kuan Yin inunda você.

Torne-se o Cálice Sagrado de Cura onde Mãe Kuan Yin deposita o seu Rosário de Bênçãos. Seja a Luz Curadora, seja a Iluminação Aqui e Agora, a soma EU SOU em você. Torne-se o receptáculo de Cura para o Planeta Terra, funda-se a este Bodhisattva e trabalhe para a Cura Planetária.
 
 

 

 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O Valor das Emoções



Para começar, por que nós temos emoções? Muitos de nós experienciamos as emoções como distúrbios, algo fora de controle. Mas elas não são simplesmente uma pedra em nosso sapato. Elas são reações naturais de energia àquilo que experimentamos por meio dos nossos sentidos. Elas são mensagens vitais da nossa Alma, do nosso ser superior, para a nossa personalidade ou para o nosso corpo.
Observe que muitos livros espirituais do Ocidente usam os termos Alma e Espírito como se fossem uma única e mesma coisa. Contudo, no taoismo e em alguns outros textos esotéricos, a Alma é a intermediária entre a personalidade ou o corpo e o Espírito.
O professor espiritualista britânico Ronald Beesley esclarece a diferença entre Alma e Espírito. "O Espírito é de Deus{Tao}. O objetivo da Alma é elevar nossa consciência ao nível do Espírito. A Alma é a parte ativa do nosso ser. Ela busca descobrir nossos medos e nossas inibições e faz com que nós os enfrentemos. Nossa Alma é um pai amoroso e um mestre sábio."¹
Todas as emoções são a matéria-prima da vida humana, e elas funcionam como um sistema de orientação para as nossas decisões e ações. Elas constituem a matéria-prima para a música, a pintura, o desenho, a escultura, o teatro, o cinema, a dança, a poesia e a ficção. Nossas emoções são tesouros espirituais.
Quais são as mensagens das emoções positivas? As emoções yin e mais suaves da tranquilidade, da bondade, da estima, da amabilidade e da ternura nos informam que estamos em harmonia com o nosso eu superior e, portanto, com o Tao. As emoções yang e excitantes da impetuosidade, do entusiasmo, do prazer, da felicidade, do êxtase e da bem-aventurança nos informam que estamos progredindo esplendidamente, também em harmonia com o Tao.

Emoções negativas: Catalisadores do crescimento
Ora, por que temos emoções negativas, dolorosas em vez de apenas emoções positivas, prazerosas? A dor física é um sinal de angústia de que alguma parte do nosso corpo precisa de ajuda. Da mesma forma, a dor emocional também é um sinal de angústia de algum aspecto da nossa vida precisa de ajuda. A palavra emoção vem do latim emovere, que significa ir para fora, mudar. Desespero, preocupação, fúria, ciúme e terror são mestres admiráveis, que nos motivam e incentivam a ir para fora, a mudar no sentido da felicidade, da alegria e da coragem.
A tragédia da vida moderna é que tantos de nós não nos permitimos sentir a dor natural, e aprender as lições, das emoções turbulentas. Desperdiçamos nosso tempo precioso, paralisados pelo medo, pela recusa e pela repressão. Nós nos automedicamos com comida, álcool, drogas lícitas e ilícitas, brinquedos eletrônicos, diversão, sexo, excesso de trabalho e com a mídia. Nosso corpo paga o preço em desconforto, mau funcionamento e doença. Nossa mente paga o preço em separação e alienação do nosso verdadeiro ser. Como diz Eckhart Tolle: "Todo vício surge de uma recusa inconsciente de encarar e passar por nosso próprio sofrimento... Estamos usando algo ou alguém para encobrir nosso sofrimento".²

 
1. Ronald P. Beesley, Esoteric Christianity (Kent, Inglaterra White Lodig Publications, 1975), pp. 36-40. Essa é uma paráfrase aproximada do que diz Beesley.
2. Eckhart Tolle, The Power of Now: A Guide to Spiritual Enlightenment(Novato, CA: New World Library, 1997), p.127.
O Tao da Sabedoria Emocional - Mantak Chia e Dena Saxer

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tambor



Se o Tambor falante falou com você, é porque você está sendo solicitado a descobrir seu próprio ritmo interno. Talvez você esteja forçando demais a barra ou atropelando o ritmo. De qualquer maneira, a falta de sincronia exige o realinhamento com as necessidades do corpo. Ritmo é coisa pessoal. Honrar o próprio ritmo é voltar a se harmonizar com o próprio eu.
A partir desse ponto o bem-estar pessoal permite que você se harmonize com outros ritmos de vida.
O Tambor também diz que você deve se abrir para a ajuda que as batidas do coração da Mãe Terra podem lhe dar. Em outras palavras, sua mente pode estar supervalorizando a capacidade de seu corpo, e o corpo não pode puxar a necessária energia da Terra porque está tentando acompanhar o passo de seus pensamentos. Se isso é verdade, você está fora do compasso. Diminua a velocidade e redescubra a pulsação de sua verdadeira Mãe. Só assim a sincronicidade de seus movimentos não exigirá esforço algum.
Em todos os casos, o ritmo é a chave. Esteja atento a todos os ritmos e veja como o seu se encaixa. Se ele se sente bem, você se torna a música, e a dança que você está dançando se torna uma celebração da vida.
Jamie Sams – As Cartas do Caminho Sagrado

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pensar antes de reagir


é uma das ferramentas mais nobres de quem decifra os mais altos níveis do código da autocrítica. Nos primeiros trinta segundos de tensão, cometemos os maiores erros de nossa vida, falamos palavras e temos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos expressar.
Nesse rápido intervalo de tempo, somos controlados pelas zonas de conflitos que bloqueiam milhares de outras janelas, impedindo o acesso de informações que nos subsidiariam a serenidade, a coerência intelectual, o raciocínio crítico.
Um intelectual pode dar uma conferência brilhante e responder a todas as perguntas da plateia com maestria, mas quando um colega de trabalho faz uma pergunta que o contraria, pode perder a serenidade da resposta. Reagir sem elegância....
Se vivermos debaixo da ditadura da resposta, da necessidade compulsiva de reagir quando pressionados, cometeremos erros, alguns muito graves. Vivemos
em uma sociedade barulhenta, que frequentemente detesta o silêncio. Cada vez
mais percebo que as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, se interiorizar,
refletir, meditar.
O silêncio não é  se aguentar para não explodir, o silêncio é o respeito pela própria inteligência.
É o respeito pela própria liberdade, a liberdade de se obrigar a reagir em situações estressantes. Quem faz a oração dos sábios não é escravo do binômio do bateu-levou.
Quem bate no peito e diz que não leva desaforo para casa, não decifrou o código de
pensar nas consequências de seus atos. ...
Para conviver com máquinas, não precisamos do silêncio nem da tolerância, mas com seres humanos elas são fundamentais. Ambas são frutos nobres do código da autocrítica, do código da capacidade de pensar antes de reagir. Preservam a saúde psíquica, a consciência, a tranquilidade.
É preferível conviver com uma pessoa simples, sem cultura acadêmica, mas tolerante, do que com um ser humano de ilibada cultura saturada de radicalismo, egocentrismo, estrelismo.
Sabedoria e autocrítica não se aprende nos bancos de uma escola, mas no traçado da existência.




Texto: Augusto Cury - O Código da Inteligência
Imagem Internet Google
Video Dead Can Dance - The Host of Seraphim



Video  Girafa Areia Movediça