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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

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Uma vida limitada ao "eu" é realmente limitada. Mas os budistas ensinam
que devemos nos ajudar antes de ajudar os outros. Por quê?
Porque não conseguimos ajudar ninguém se não estamos bem. Até
as companhias de aviação falam isso antes da decolagem, durante as
instruções de segurança(aquelas que ninguém ouve). Os comissários
de bordo dizem: "Em caso de queda de pressão da cabine, máscaras de oxigênio irão
cair do compartimento acima. Certifique-se de colocá-las antes de ajudar os demais."
Aceite que você irá morrer tão rápido quanto qualquer um, não seja inocente
em acreditar que você é melhor do que os outros. Na vida, o aviso seria:
"No caso de perda total de rumo na vida, certifique-se de colocar em ordem
suas coisas antes de começar a dizer aos outros o que eles devem fazer."

A.C.Ping

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Aceite que sofrer faz parte da vida


Sofremos por diferentes razões. Mas uma das distinções mais cruciais, no entanto, é saber distinguir o sofrimento “natural” do sofrimento “auto criado”. O primeiro inclui tudo aquilo que não podemos evitar na vida. Classificados nos textos budistas como as dores ligadas ao nascimento, envelhecimento, doença e morte, são experiências que fazem parte das transições mais importantes da existência. Eles se apresentam como condições naturais que envolvem o desconforto físico.
Mas há outro tipo de sofrimento que se desenvolve com base em avaliações psicológicas auto criadas, experiências que surgem de nossa interpretação de fatos e eventos, como ressentimento ou raiva contra as pessoas que não vivem do jeito que a gente gosta, inveja de quem tem mais do que nós ou uma ansiedade paralisante quando não há a mínima razão para isso. “Esses sentimentos dolorosos gerados por nossas concepções são baseados em histórias que contamos a nós mesmos, fortemente enraizadas em nosso inconsciente, sobre não ser suficientemente bom, rico o bastante, bonito ou seguro na medida certa, ou outras formas parecidas”, diz Rinpoche. O sofrimento auto criado é essencialmente uma invenção mental. “É como eu mesmo pude constatar com relação à minha própria ansiedade e medo, não é menos doloroso do que o natural.”
“Mas, em vez de ficar julgando com pensamentos como ‘Por que eu estou sozinho?’, ‘Será que tem um jeito de sair disso?’, ‘Não quero mais sentir tal coisa de jeito nenhum!’, poderíamos olhar para esses sentimentos dolorosos e dizer que há solidão, há ansiedade, há medo, como se essa dor fosse uma condição não pessoal, mas algo que simplesmente faz parte da vida”, aconselha o monge. É uma maneira de compreender a Primeira Nobre Verdade ensinada por Buda: a de que o sofrimento (dukkha) existe e de que é uma condição natural da humanidade.
“A palavra dukkha é traduzida no Ocidente, de uma maneira um tanto pesada, por sofrimento. Mas o termo se refere mais a um desconforto, algo que incomoda, aquela coisa que raspa no peito mesmo quando a gente está feliz”, explica o monge tibetano. “Aceitar que essa dor existe e que pertence ao nosso mundo, e não ficar o tempo todo lutando contra ela como algo a ser subjugado, é o primeiro grande passo para cessar aquilo que nos faz sofrer.”

Liane Alves

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Dê um passo para trás


Dizem os ensinamentos budistas: não importa qual a situação, sempre é possível observá-la de outra perspectiva. Uma coisa é olhar para um rio mergulhado dentro dele, outra é vê-lo da margem e vislumbrar melhor o que ele é, o seu curso e onde vai parar. “Quando estamos totalmente imersos dentro da água, ou, de maneira correlata, dos nossos sofrimentos, podemos nos afogar sem perceber”. Nessa situação, a água entra pelo nariz, turva os olhos, não conseguimos respirar. “Não há nenhuma vantagem em permanecer assim. Então, nem que for por um instante, precisamos tentar sair da situação para encará-la de outra maneira”. Pelo menos para inspirar um pouco de oxigênio, se afastar da turbulência, nos fortalecer. Por momentos, podemos ver que não somos o próprio rio, só estamos envolvidos nele. Dar um passo para trás e observar o que acontece de outro ângulo é essencial para desenvolver outra perspectiva.

"Esse afastamento da situação pode ser muito positivo. A partir desse momento, ela não tem mais o poder de nos arrastar para o fundo do poço”. Esse distanciamento nos oferece uma nova visão da realidade, mais verdadeira e abrangente.

Mingyur Rinpoche-Joyful Wisdom