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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Acolha a dor


Os ensinamentos de Buda feitos há 2 500 anos não dizem como superar a solidão, o desconforto e o medo que preenchem nossa vida. Muito pelo contrário. Suas lições mostram que só seremos capazes de encontrar a liberdade ao aceitar os sentimentos provocados pelos percalços em que esbarramos no caminho. Dessa maneira, podemos acolher o incômodo que as instabilidades nos trazem, sem deixar que elas possam nos imobilizar completamente. Percebemos que estamos sofrendo, aceitamos essa condição. No entanto, não somos mais engolidos pela dor.
Uma das formas de facilitar esse processo é a meditação. Durante a prática, também podemos perceber o rio dos nossos pensamentos, e a turbulência emocional que se origina deles. Mesmo hoje, 20 anos depois de aprender a meditar, ainda estou sujeito à maioria das emoções humanas. Dificilmente seria alguém que poderia ser chamado de ‘iluminado’. Me canso, como todo mundo. Algumas vezes estou zangado, frustrado ou aborrecido. Mas agora, tendo aprendido a trabalhar com minha mente, percebi que essas experiências mudaram de nível. Em vez de ser soterrado por elas, aprendi a acolhê-las e a aproveitar as lições que elas oferecem.

Mingyur Rinpoche-Joyful Wisdom

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Dê um passo para trás


Dizem os ensinamentos budistas: não importa qual a situação, sempre é possível observá-la de outra perspectiva. Uma coisa é olhar para um rio mergulhado dentro dele, outra é vê-lo da margem e vislumbrar melhor o que ele é, o seu curso e onde vai parar. “Quando estamos totalmente imersos dentro da água, ou, de maneira correlata, dos nossos sofrimentos, podemos nos afogar sem perceber”. Nessa situação, a água entra pelo nariz, turva os olhos, não conseguimos respirar. “Não há nenhuma vantagem em permanecer assim. Então, nem que for por um instante, precisamos tentar sair da situação para encará-la de outra maneira”. Pelo menos para inspirar um pouco de oxigênio, se afastar da turbulência, nos fortalecer. Por momentos, podemos ver que não somos o próprio rio, só estamos envolvidos nele. Dar um passo para trás e observar o que acontece de outro ângulo é essencial para desenvolver outra perspectiva.

"Esse afastamento da situação pode ser muito positivo. A partir desse momento, ela não tem mais o poder de nos arrastar para o fundo do poço”. Esse distanciamento nos oferece uma nova visão da realidade, mais verdadeira e abrangente.

Mingyur Rinpoche-Joyful Wisdom