quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

assim eu vejo a vida


a vida tem duas faces:
positiva e negativa
o passado foi duro
mas deixou o seu legado
saber viver é a grande sabedoria
que eu possa dignificar
minha condição de mulher,
aceitar suas limitações
e me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
nasci em tempos rudes
aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
aprendi a viver.


texto: cora coralina
música: angel dance by vadim kiselev

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

como tudo na vida, a mente precisa estar limpa

e desintoxicada para poder encontrar espaço para o novo e para entrar em caminhos criativos.
os nossos pensamentos ocupam espaços preciosos da mente e impedem que nossa intuição venha dar a sua contribuição nas nossas decisões e percepções.
com a mente pesada, intoxicada, lenta e obsessivamente direcionada para situações(geralmente do passado) que teimam em repetir, repetir, repetir, criando um círculo vicioso onde ficamos presos, sem movimentos, sem força e sem coragem de reagir, nos tornamos, robôs a mercê das imagens repetitivas que a mente cria para dar forma a uma emoção, a um padrão ou crença.
quem já não viveu um relacionamento envenenado com uma pessoa possessiva ou ciumenta ou mesmo desorganizada emocionalmente? este sofrimento pode estar sendo representado pela sua mente com a imagem de uma mulher sendo chicoteada, amarrada num pelourinho, sem poder falar, reagir ou fugir. o sofrimento de um relacionamento doente e cruel pode estar criando na mente imagens de terror e de medo que depois vão surgir no corpo físico em forma de doenças.
conviver com alcoólatras, com pessoas perversas e violentas, com drogados, com pessoas sem carinho, compaixão e respeito, pode ser uma forma de autopunição que acaba trazendo conseqüências desastrosas para ambas as partes.
a mente não tem filtros para entender o que é real e o que é apenas uma cena de filme ou uma foto de revista. para ela tudo é real. portanto, podemos dizer também que a violência divulgada pela mídia também impressiona a mente e faz com que estas imagens acabem nos pertencendo também, embora não sejamos nós os criadores delas.
com a mente é preciso cautela, rigor, disciplina, limpeza e acima de tudo, beleza.
para tal, sugiro que, nesta semana, você faça, todos os dias, ao acordar e ao deitar, este exercício de limpeza da mente.
exercício de limpeza da mente
sentada(o), olhos fechados, respire lentamente três vezes. e agora veja sair de todo o seu corpo, especialmente da área da cabeça, cobras e lagartos. estes répteis representam seus pensamentos e desejos tóxicos. veja ou imagine estes répteis sendo desintegrados por forças que vem do céu. agora, imagine que sua mente é lavada com a água mais pura do universo e sabendo que sua mente esta limpa e pronta para o novo, respire e abra os olhos.

texto: izabel telles – terapeuta holística e sensitiva formada pelo american institute for mental imagery de nova iorque. 
música: pink floyd - cluster one

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

# a segunda visão

aqui chega ao fim este circuito da jornada espiral, e o xamã
reconhece que isso é inevitável desde o início. ele completou o
primeiro ciclo e se prepara para prosseguir rumo ao segundo,
que repete o primeiro em muitos pontos, se bem que num
nível mais elevado de treinamento e com um grau mais
profundo de compreensão. este estágio da escada
corresponde a uma sólida assimilação da experiência. o xamã
ingressa num período de integração, onde o outro mundo e o
mundano se sobrepõem, perfeitamente alinhados. para o
observador externo, o xamã parece um indivíduo equilibrado,
normal - e essa é a prova final de que o desabrochar do xamã
está ocorrendo. o xamã possui um centro de equilíbrio, de onde
pode mediar a harmonia e a cura.
a conclusão da viagem de mael duin ao outro mundo exemplifica
perfeitamente a experiência da segunda percepção. ele retorna
de sua viagem como um homem transformado; o que teve
início como uma expedição vingativa se transforma numa sábia
aceitação do mundo. depois de encontrar 33 ilhas no outro
mundo, depois de viver seus perigos, desafios e lições,
mael duin é capaz de encontrar a cura do perdão.
um verdadeiro xamã é alguém que trabalha de tal forma
integrado à vida cotidiana que a "junta" não pode ser vista; a
prática xamânica não é perceptível porque é impecável.
quando atinge este estágio, o xamã sabe que jamais haverá um
fim para seu aprendizado, sua observação ou sua prática: a
manutenção é a arte da própria vida.

texto: john matthews xamanismo celta
música: relaxing sounds - zen - chinese bamboo flute with nature sound

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

# visão

o xamã agora vivencia a percepção visionária da deidade em
suas muitas formas e interage com as deusas e deuses do outro mundo.
este estágio potencializa as habilidades especiais e particulares que
você possui. nenhum xamã é exatamente igual a outro: alguns curam,
outros praticam adivinhações, outros mais são bons para solucionar
problemas etc. descobrir suas habiliddes particulares e desenvolvê-las
é a tarefa de um novo arco da escada espiral. a visão que você recebe
neste estágio age como um novo chamado para que prossiga. este
estágio pode ser dedicado ao aprendizado dos meios de divinação,
augúrios e sonhos. divinação significa "consultar aos deuses": é
necessário voltar-se para dentro e contatar os deuses antes de
prosseguir na jornada.
podemos deliberadamente viajar com a finalidade de encontrar os
deuses, ou eles podem vir a nós através de visões e sonhos. o deus
manannan se apresenta a kentigerna à noite, e com ela se deita
como um amante; de sua união nasce o herói mongan, metade
deste mundo, metade do outro. na história de merlin, sua mãe
recebe a visita de um estranho de cor dourada, que com ela se deita
para gerar a sábia criança que virá a se tornar o mais sábio dos homens.
de tais comunhões com o outro mundo, nascem novos conceitos.


texto: john matthews xamanismo celta
imagem: google imagens
música:  the legend of wolves wolf song celtic version - i am the voice of the wolf - celtic woman

sábado, 10 de dezembro de 2011

# aceitação

a confiança que surge das jornadas ao mundo espiritual ajuda-lhe
a acessar suas habilidades latentes, e você começa a fazer uso do
potencial que recebeu ao nascer. este estágio representa o momento
em que o xamã aprendiz recebe seu primeiro trabalho involuntário,
o qual é, se bem sucedido, validado pelos poderes do mundo interior.
essa é geralmente uma experiência extraordinária, uma vez que os
vizinhos, os amigos e a família começam a se valer de suas habilidades,
vendo-o como um meio de conseguir seus objetivos. as pessoas
começam a pedir auxílio, um auxílio que agora você é capaz de
oferecer, mesmo que se julgue incapacitado ou destreinado.
curiosamente, essa confirmação exterior de seu treinamento
interior não ocorre até que você esteja realmente apto a ajudar os
outros. você também perceberá que os seres do outro mundo lhe
pedirão auxílio;  esse é um intercâmbio onde você deve agradecer
ao outro mundo pelos dons que lá desenvolveu. não se trata apenas
de aceitar as mudanças em seu interior, mas também de ser aceito pelos
seres do mundo interior, com quem você trabalhará daqui por diante.
existem muitas lendas nas tradições celtas que falam de como as
pessoas com dons(os aes daoine) são convidadas a ajudar os
habitantes do outro mundo: parteiras humanas que ajudam a dar à
luz crianças divinas, músicos humanos que tocam nos casamentos
das fadas e aprendem novas melodias. novamente, a história de
culhwch ilustra bem este estágio: parea que ele ganhasse a mão de
olwen, ele deveria cumprir certas tarefas e provações. ele consegue,
em parceria não só com arthur e seus heróis, mas também com o
próprio outro mundo, na forma dos totens e do deus mabon, que
precisa da ajuda dos mortais para ser libertado, para, por sua vez,
ajudá-los.
depois de um certo período de prática de seus talentos xamânicos,
você começará a sentir maior confiança em si mesmo, apesar de
quaisquer dúvidas iniciais.


texto: john matthews xamanismo celta
imagem: google imagens
música: chinese bamboo flute music. shakuhachi

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

# o mundo espiritual

tendo o totem e o xamã interior como guias, o
aprendiz agora viaja com maior confiança ao outro mundo,
adquirindo um ou mais animais de poder e conhecendo os
seres dos reinos interiores mais a fundo. isso se revela no uso
e aprendizado dos símbolos, gestos e canções que formam a
linguagem do outro mundo. seu uso eficaz é de fundamental
importância em qualquer trabalho de cura. o aprendiz
provavelmente começará a criar e coletar mais itens para sua
bolsa de garça, ou bolsa xamânica, aprendendo a reconhecer
os símbolos que lhe trazem mais poder. esses objetos são como
tesouros pessoais, símbolos dos dons e das habilidades
individuais.
a lenda da visita de cormac à terra da promessa mostra como
ele recebe a percepção sobre a natureza e a realidade do que pe
ser rei. seus contatos com manannan e o outro mundo lhe mostram
as verdades de sua própria vida: por fim, ele deixa o outro mundo,
trazendo consigo a taça de quatro lados da verdade, a qual ele
é capaz de usar em seu próprio reino como um marco da verdade.
texto: john matthews xamanismo celta
imagem: google imagens
música: imperio do sol  - youtube

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

# o xamã interior

o aprendiz agora avança para conhecer seu(ou sua) xamã interior, e a
descoberta de que o guia interior sempre esteve presente é, quase
sempre, chocante. essa percepção geralmente é fruto de estímulos do
mundo interior, os quais possuem um forte efeito sobre o aprendiz,
apesar de, normalmente, surgirem sob disfarces mundanos. o xamã, ou
guia interior, é geralmente sério ou autoritário porque, na tradição
xamânica, o mestre é um desafiador, que estimula suas habilidades.
a tradição celta de gales nos fala da experiência de gwydion e
gilfaethwy, os quais tentam levar seu tio math a uma guerra
desnecessária contra um reino rival, para que gilfaethwy
pudesse violar a jovem goewin, a dama de companhia de marth.
eles são bem sucedidos em sua empreitada, mas math lhes
aplica uma severa punição, que ensina a natureza da vida:
marth os transforma em diversos animais, de modo que cada
um dos dois passe pela experiência de ser fêmea e parir.
arianrhod é uma rígida professora para seu filho, llew: ela lhe
lança uma praga, segundo a qual ele não terá um nome, armas
ou uma esposa, a não ser que supere o poder dela. esta é uma
lição importante, pois o mentor sempre deseja ser superado por
seu pupilo.
neste estágio, o trabalho será conduzido por seu diálogo e
relacionamento com seu xamã interior. geralmente requer que
você estabeleça um equilíbrio entre os mundos interior e
exterior com responsabilidade, e dando especial atenção à
causa e ao efeito.
texto: john matthews xamanismo celta
imagem: google imagens
música: the last samurai  - youtube

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

# os totens

a primeira jornada tem por fim encontrar o guardião da
grande árvore e dele obter um totem pessoal, que será o
companheiro interior do xamã daqui por diante. nas jornadas
seguintes, o xamã será acompanhado pelo animal totem,
que atuará como guia e conselheiro, e que o ajudará a avaliar
as experiências no outro mundo.
a tradição dos animais auxiliares é bastante comum nas lendas
celtas: o protagonista, diante de uma missão impossível, é
ajudado por diversos totens. isso fica claro quando mabon é
encontrado; culhwch, acompanhado por gwrhyr, o intérprete de
línguas, capaz de falar a língua dos animais, vai resgatar o deus
perdido, seguindo os conselhos do melro, do gamo, da coruja,
da águia e do salmão, culhwch e companhia acabam por
descobrir onde mabon está aprisionado e ajudam-no a
escapar. em literalmente dúzias de outras lendas, animais como
o cervo branco surgem do outro mundo para atuar como
guias pelos misteriosos reinos interiores.
neste estágio, o trabalho geralmente gira em torno das
jornadas com o totem, com quem aprendemos a
procurar, encontrar, buscar, caçar e curar. o totem nos
guia pelos reinos desconhecidos do outro mundo com
segurança.

texto: john matthews xamanismo celta
imagem: google imagens
música: couchers de soleil - youtube

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

# jornadas/sintonização

a essa altura, o aprendiz de xamã começa a se aproximar de uma
compreensão da roda e do universo. ao mover-se pela roda do ano,
abrem-se novas perspectivas, e possibilidades futuras podem ser
vislumbradas no horizonte. isso equivale ao ritual do "circuito da
terra", realizado pelo rei e sua consorte, que os mantinha conscientes
não só sobre o que ocorria na própria terra, como também os
ajudava, num nível mais profundo, a fortalecer sua capacidade de
reinar. é também um período de observação e discernimento, de
experimentar o fluxo das estações: um período para recolher o
conhecimento que posteriormente lhe será útil.

os mitos aqui são, novamente, de procura e busca. na lenda de
cullhwch e olwen, cullhwch deseja casar-se com olwen, a filha do
gigante uspadadden. mas o gigante ordena-lhe 39 tarefas
impossíveis de serem cumpridas antes do casamento. cullhwch é
ajudado pelos guerreiros de arthur e por uma galeria de animais
totêmicos, mas sua tarefa o conduz por uma gama completa de
experiências. numa outra lenda, quando cu chulainn vai cortejar
emer, ela lhe lança charada após charada e, por fim, exige que
ele vá tornar-se um verdadeiro homem: com efeito, ele vai para
alba, onde será treinado pela guerreira scathach, a fim de obter
mais experiência. em ambos os casos, a sabedoria é obtida a um
alto custo, mas o prêmio é considerado ainda mais valioso.
texto: john matthews xamanismo celta
imagem: google imagens
video: the rasmus - october  april feat. anette olzon

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

# encontro

é neste ponto que o aprendiz trava seu primeiro contato consciente
a com realidade do outro mundo. contudo, caso já tenha acessado a
realidade alternativa, você perceberá que essa consciência se
intensifica quando seu potencial é acessado. isso ocorre quando os
habitantes do outro mundo tomam ciência de você, e começam a se
aproximar quando você os procura. o encontro ocorre nos limites
entre este e o outro mundo.
neste caso, temos o mito de pwyll e a rainha do outro mundo,
rhiannon. certo dia, quando estava sentado sobre o monte das
maravilhas, pwyll viu uma bela mulher passar cavalgando. ele
decide segui-la, mas, independente de quão rápido ele

cavalgasse, ela sempre se mantinha à mesma distância. ele não seria
capaz de alcançá-la, até que ela decide esperar por ele. como a mulher
das fadas da história de bran mac febal, rhiannon conduziu pwyll a uma
aventura da qual ele obtém não só benefícios, mas também grandes
ensinamentos.
o trabalho, neste estágio, será afetado pelo modo como você se relaciona
com o(s) guia(s) interior(es) que habitam o outro mundo. novas aventuras
exploratórias descortinar-se-ão, e sua compreensão dos delicados elos
que unem este e os outros mundos aprofundarão seu conhecimento. é
neste ponto que os ancestrais podem se apresentar.
texto: john matthews - xamanismo celta
imagem: googleimagens
video: youtube

domingo, 4 de dezembro de 2011

# despertar

tendo superado a oposição e os temores lançados pela
consciência mundana durante os primeiros estágios de seu
treinamento, o aprendiz passa por uma despertar dos centros
espirituais e um florescer da realidade interior. este é um estágio
de receptividade, onde tudo parece novo e maravilhoso. é
também um período onde se deve abraçar a visão recebida
por sua alma e sua mente.
as correspondências mitológicas deste estágio são
encontradas nas lendas de taliesin, fionn e mabon, o filho
de modron. ao beber do caldeirão da inspiração, taliesin
desperta; assim como fionn, quando como o salmão da
sabedoria. mabon é o jovem deus dos celtas de gales, que,
depois de aprisionado num misterioso local sob a terra, é
por fim resgatado por um grupo de guerreiros da corte de
arthur, auxiliados por diversos animais totêmicos.
por causa da natureza do estágio anterior, seu despertar
pode ser acompanhado por sentimentos de cautela. esta
pode também se revelar uma experiência profundamente
arrebatadora. o melhor meio de abordá-la é perceber
que você é jovem e forte, e que deve aprender e
amadurecer. este estágio é melhor aproveitado quando
acompanhado pelo trabalho básico de observação e
correlação: dirija-se ao mundo natural, escute sua
sabedoria inata; permita que a natureza seja seu
principal mentor.
texto: john matthews - xamanismo celta
imagem: google imagens
video: youtube - sad cello melody

sábado, 3 de dezembro de 2011

# a morte

esse é, tradicionalmente, o momento em que o xamã
ingressa no outro mundo através de uma doença ou
de uma experiência de quase-morte. atualmente, é
mais comum que isto seja atingido através da
percepção de o quão fútil sua vida tem sido até
agora. assim, você "morre" em sua forma anterior e
aceita a possibilidade de renascer e se transformar.
durante esse período, o xamã tem profundas visões e,
se poupado, retorna à vida mudado para sempre.
temos dois mitos relacionados a este estágio.
o primeiro fala do caldeirão de annwn, a um só
tempo posse tanto de arawn, rei do mundo inferior,
como de bran, o abençoado. os que morriam e
eram depositados no interior do caldeirão
retornavam à vida, mas eram incapazes de falar
sobre o que haviam visto. o segundo mito é o da
doença que recai sobre cu chulainn depois que ele
abordou duas lindas mulheres das fadas. elas o
golpearam com varetas mágicas e o deixaram
num estado de vida suspensa até que seu
companheiro e condutor de seu carro de
combate, leag, visitasse o outro mundo em nome
de cu chulainn, onde acabou por descobrir a
cura para a misteriosa doença.
eis as palavras-chave de sua prática xamânica:
ouça a voz do outro mundo, confie, permaneça
calado. aceite a infertilidade espiritual que
geralmente acompanha este estágio e veja isso
como o preparo para que, no futuro, ele dê
frutos.
texto: john matthews - xamanismo celta
imagem: google imagens
video: era - youtube

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

# oposição

a partir do momento em que começa a estudar
as técnicas xamânicas, você perceberá uma
certa oposição interior. as novas disciplinas do
xamanismo não são tão simples quanto parecem
a princípio, e você pode se ver lutando para
manter sua motivação original. isso se deve,
em parte, às várias pressões internas inerentes
a esse estágio de seu treinamento. se sua
psique ainda apresentar desequilíbrios ou
aspectos não solucionados, o xamã deve, a
certa altura, expurgá-los do sistema.
contudo, se persistir e viajar metódica e
conscientemente, alcançará, no devido
tempo, o próximo estágio.
nesse caso, o mito referente é o do
guerreiro cynon, um dos heróis da corte
de arthur, que ouviu falar de uma grande
aventura num local chamado "fonte de
barenton". quando para lá se dirigiu, contudo,
ele encontrou somente uma jarra vazia, e as
instruções para que esta fosse cheia com
água, que, por sua vez, deveria ser
derramada sobre uma esmeralda. quando
ele executou as instruções, surgiu uma
terrível tempestade, seguida pela
aparição do terrível guardião do local,
que afugentou cynon dali.
a tentação, a esta altura, é de desistir;
na verdade, porém, este é o momento
de consolidar o que já sabe, mantendo
o ritmo metódico de sua prática,
meditando e embarcando em jornadas
regulares.


texto: john matthews - xamanismo celta
imagens: google imagens - 
música:  youtube - imagina uma borboleta voando, a leveza, a cor, o toque, a beleza, a delicadeza, a fragilidade, o forte, o mistério, a vida...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

os doze estágios da escada do xamâ são:

primeira percepção
oposição
morte
despertar
encontro
jornada/sintonização
totens
o xamã interior
o mundo espiritual
aceitação
visão
segunda percepção


# primeira percepção
este é o momento em que decide, pela primeira vez,
que deseja trilhar o caminho do xamã. o desejo nem
sempre se revela de modo óbvio: você pode se sentir
atraído por passeios ao ar livre, pelo mundo natural;
você pode ler um relato de uma prática xamânica
que estabelece uma sequência de sonhos.
tradicionalmente, os xamãs recebiam seu "chamado"
durante uma crise de saúde, e por vezes isto ocorre
ainda hoje. certos tipos de gripes deixam o adoentado
em estado de transe, trazendo notáveis percepções.
o chamado pode ainda se revelar através de uma
crise espiritual, bem como uma doença física.
o equivalente mitológico desse tema surge na
figura de bran mac febal, que, enquanto se
sentava em seu salão rodeado por seus
seguidores, viu uma bela mulher entrar,
portando consigo um ramo prateado. com ele,
ela o chamou para que visitasse a terra das
mulheres no outro mundo, um convite que lhe
enviou a uma aventura que trouxe diversos
tipos de revelações.
esse estágio de percepção nos torna capazes
de desfrutar dos inspiradores e
exploratórios trabalhos xamânicos, através
dos quais descobrimos uma vasta gama de
possibilidades interiores pessoais, e o chamado
do outro mundo nos leva a prosseguir.
texto: john matthews - xamanismo celta
imagens: google imagens
video: youtube

mãe terra, criadora, mantenedora e geradora de toda a vida.

ouça meu chamado e conheça as idéias e sentimentos
que lhe ofereço neste local sagrado e consagrado.
enquanto eu lhe envio os desejos de meu espírito,
cuide deles, e mande-os de volta, fortalecidos
por seu nome e verdade eterna.
texto: john matthews - xamanismo celta
imagem: google imagens
video: youtube